Palavra Impressa.
Legitimada.
Pra cada letra que
imprimimos em papel, encadernamos, criamos capas, ilustrações, notas de rodapé
e tradução, acaba por se tornar verdade. No mundo dos papéis, aquelas letras
impressas em tinta preta ou colorida, se torna uma verdade pura, limpa,
ardente.
Se torna inquestionável.
Se torna uma realidade.
Mas somente se for dentro de
um livro, caso ainda haja duvidas sobre o que estou falando.
Quando imprimimos, criamos
ou editamos um livro, aquilo que lá está é a mais pura verdade. Não interessa a
critica, a falta de comprovação cientifica. Quando escrevemos dentro de livro,
estamos criando uma realidade imutável.
Não importa se ninguém ler.
Não importa se nenhuma editora assinar em baixo. Não importa se reutilizarmos
as folhas. Quando escrevemos uma historia, a próprio punho ou datilografada,
digitada, estamos fazendo uma verdade.
É como o livro da vida. A
cada letra que o ser todo poderoso que escreve nesse livro marca na folha, se
torna realidade. Se torna a nossa vida. E ao que tudo indica, não são nossas
mãos que podem mudar o nosso próprio destino, e sim, o ser que escreve.
Mas e quando nós resolvemos
criar o nosso próprio ”livro da vida”? O que isso significa? Estaria isso
escrito nas linhas do destino, ou estamos burlando as regras?
O que eu faço é escrever.
Independente das regas e das vontades. Sem ter medo do destino ou do erro.
Apenas escrevo. Escrevo sobre o que quiser e como quiser.
Escrevo as historias que
acredito que nunca deveriam ser esquecidas. Que precisam de crédito, de
consistência, de algo que as mantenha vivas por toda a minha eternidade.
Escrevo as minhas historias que acredito deveriam ser levas a serio por mais de
um ser. Por todas as partes envolvidas que não me levam a serio.
Por Margareth Levy
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